


Teatro de Robertos encanta visitantes na Festa da Moita
A tradição voltou a ganhar vida na Festa da Moita com a presença do histórico Teatro de Robertos, que tem encantado miúdos e graúdos ao longo de gerações. Em plena avenida principal, as gargalhadas ecoaram quando as marionetas subiram ao palco improvisado, trazendo à memória a autenticidade da cultura popular portuguesa.
As pequenas marionetas de luva, manipuladas atrás de um pano colorido, continuam a cativar o público com as suas histórias simples e humorísticas, muitas vezes carregadas de crítica social e sátira. Entre o espanto das crianças e a nostalgia dos mais velhos, o espetáculo provou, mais uma vez, que o riso não tem idade.
Agualva-Cacém, Sintra — O riso, a sátira popular e a magia da palheta estão de volta. Entre 12 e 14 de setembro de 2025, a cidade de Agualva-Cacém recebe o encontro “É Só Palheta”, promovido pela companhia Valdevinos – Teatro de Marionetas, um dos principais guardiões da tradição do Teatro Dom Roberto, expressão artística classificada como Património Cultural Imaterial desde 2021.
O festival abre em Lisboa, no Museu da Marioneta, a 12 de setembro, mas é em Agualva-Cacém que ganha força, com espetáculos durante o fim de semana de 13 e 14, na Casa da Marioneta e no Jardim da Anta.
A edição deste ano reúne cerca de dez roberteiros portugueses – nome dado aos artistas que dão vida às personagens do Teatro Dom Roberto – e contará ainda com um convidado especial vindo do Reino Unido, reforçando a dimensão internacional do evento.
Todos os espetáculos terão interpretação em Língua Gestual Portuguesa, assegurando a acessibilidade a um público mais amplo.
O Teatro Dom Roberto, com as suas histórias cómicas e personagens icónicas como o próprio Roberto e o valente Diabo, continua a ser uma das expressões mais vibrantes do teatro popular europeu. Reconhecido pelo uso da palheta — pequeno instrumento que distorce a voz do manipulador —, este teatro de marionetas mantém-se fiel ao espírito irreverente e provocador que, há séculos, diverte públicos de todas as idades.
“Queremos que o público de Sintra e arredores sinta que esta tradição lhes pertence, que é parte da nossa identidade cultural, mas também que é algo vivo, que dialoga com o presente”, sublinha a Valdevinos em nota de imprensa.
Além das apresentações, o encontro promove ainda momentos de partilha entre artistas e público, com oficinas, conversas e demonstrações, aproximando espectadores da arte de manipular os bonecos e revelando os segredos da palheta.
O Jardim da Anta transforma-se num palco ao ar livre, criando um ambiente de festa popular que convida famílias, escolas e curiosos a mergulharem na cultura tradicional portuguesa.
Com entrada livre em várias sessões, o festival pretende democratizar o acesso à cultura, atraindo tanto os mais pequenos como os mais velhos que recordam os roberteiros de feiras e praças.
Nos dias 31 de maio e 1 de junho de 2025, os Robertos Santa Bárbara marcaram presença na encantadora Feira Oitocentista de Arruda dos Vinhos, levando o tradicional teatro de marionetas a um público de todas as idades.
Instalados num dos recantos mais pitorescos do evento, os Robertos encantaram crianças e adultos com histórias repletas de humor, travessuras e crítica social, como manda a tradição. O inconfundível teatrinho de madeira com pano verde voltou a ser o centro das atenções, atraindo curiosos e admiradores da cultura popular portuguesa.
No sábado, dia 1 de junho, ao final da tarde, o espetáculo foi especialmente vibrante: uma multidão reuniu-se em torno do palco improvisado junto ao Mercadito, onde, a pedido do público, houve uma sessão extra às 21h00. Risos, aplausos e muita animação marcaram esta atuação inesquecível.
A participação dos Robertos Santa Bárbara trouxe vida e autenticidade à Feira, relembrando a todos que a tradição oral, o teatro popular e as artes de rua continuam a ser pilares importantes do nosso património cultural.
A Feira Oitocentista ficou mais rica com esta presença tão especial — e quem viu, dificilmente esquecerá
Durante o fim de semana, o Mercado do Caramelo, em Pinhal Novo, foi mais do que um espaço de sabores e tradições locais — transformou-se num verdadeiro palco de memórias, gargalhadas e encontros interjecionais com a presença de Os Robertos Santa Bárbara.
Os "Robertos" são um exemplo vivo do teatro de marionetas popular português, com raízes que remontam ao século XIX. Estas pequenas peças de teatro, apresentadas em palcos portáteis e manipuladas por detrás de um pano, marcaram a infância de muitos portugueses. As histórias — com personagens típicas como o polícia, o diabo ou o burro — são contadas com humor rápido, improviso e uma boa dose de crítica social.
No sábado, o espetáculo começou entre a azáfama do mercado. Quem passava, parava. Quem parava, ficava. os robertos ganharam vida com a mestria do artista Vítor costa . O som das palmas e das risadas foi crescendo, numa reação espontânea que mostrava o quanto este tipo de arte continua a tocar o coração das pessoas.
Mas foi no domingo à tarde, com céu limpo e brisa leve, que o Largo do Mercadito se encheu de gente — literalmente. Famílias, idosos, jovens e até turistas juntaram-se diante do pequeno palco improvisado. Durante cerca de 15 minutos, esqueceram-se do tempo. As gargalhadas vinham de todos os cantos. Um pai ria-se com o filho ao colo, dois senhores mais velhos comentavam "como antigamente", e uma criança perguntava: “vai aparecer o diabo agora?”
A resposta estava sempre no boneco seguinte, e a surpresa nunca falhava.
Os Robertos Santa Bárbara não só preservam esta arte tradicional, como a reinventam a cada atuação, mantendo a essência popular viva e acessível. Em tempos de ecrãs e distrações digitais, o simples teatro de fantoches provou que continua a ser um poderoso veículo de riso, memória e afeto.
Os Robertos Santa Bárbara no Mercado do Caramelo
Neste fim de semana, o Mercado do Caramelo, em Pinhal Novo, foi palco de um espetáculo cheio de tradição, humor e cultura popular: Os Robertos Santa Bárbara encantaram o público com as suas marionetas clássicas e inesquecíveis histórias.
No sábado, a curiosidade dos visitantes levou muitos a pararem para assistir. Famílias inteiras reuniram-se debaixo das árvores para espreitar o pequeno palco colorido onde as figuras dos Robertos ganham vida. O som das gargalhadas foi constante – adultos e crianças divertiram-se com os bonecos irreverentes, os diálogos rápidos e as situações cómicas tão típicas deste teatro tradicional.
Mas foi no domingo que a magia tomou conta do largo. O público foi ainda maior. Havia pessoas em pé, sentadas no chão, outras até de lado a tentar ver melhor – todos com um sorriso no rosto. A cada entrada de personagem ou reviravolta nas cenas, ouvia-se uma nova gargalhada coletiva. O espetáculo conquistou mesmo quem passava por acaso.
A energia era contagiante. Foi bonito ver como esta forma antiga de teatro, muitas vezes esquecida, continua tão viva e capaz de juntar gerações em torno de um simples palco. Os Robertos provaram, mais uma vez, que a cultura popular tem força, alma e muito para oferecer.
Domingo de alegria: Robertos de Santa Bárbara agitam o Mercado do Caramelo